21 de junho de 2011

E quando o dirigente não está consciente de seu papel?

E quando o dirigente não está consciente de seu papel, permitindo muitas vezes que os problemas se instalem sem nada fazer? Pois bem, nesse caso é necessário que o grupo da diretoria, pelo menos os mais atentos, alertem-no construtivamente. Sobre isso Allan Kardec advertiu no item 337 de O Livro dos Médiuns

(...) terão as pessoas sensatas e bem-intencionadas (...) o direito de crítica, deverão deixar que o mal passe, sem dizerem palavra, e aprovar tudo pelo silêncio? Sem nenhuma dúvida, esse direito lhes assiste; é mesmo um dever que lhes corre. Mas, se boa intenção os anima, eles emitirão suas opiniões (...) com cordialidade, francamente e sem subterfúgios.

Expressar opiniões com fraternidade, manifestar-ser com equilíbrio, conversar sem “subterfúgios”, ouvir com serenidade, filtrar impulsos e sentimentos perturbadores, apoiando-se na humildade, é o caminho eficaz para administrarmos os problemas decorrentes da convivência diária. Ainda sobre a possibilidade de manifestar um senso crítico nas instituições, quer no que tange ao posicionamento de certos dirigentes ou trabalhadores, é oportuno refletirmos sobre a observação de Kardec:

Para criticar é necessário poder opor raciocínio a raciocínio, prova a prova. Será isto possível, sem conhecimento aprofundado do assunto de que se trata?  Que pensaríeis de quem pretendesse criticar um quadro, sem possuir, pelo menos em teoria, as regras do desenho e da pintura? (...) Quanto mais elevada a posição do crítico, quanto mais ele se pôe em evidência, tanto mais seu interesse lhe exige circunspecção, a fim de não vir a receber desmentidos, sempre fáceis de dar a quem quer que fale daquilo que não conhece.



Allan Kardec – O Espiritismo em 1860. Revista Espírita, janeiro de 1860.

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